29 outubro 2011

inside me

ela: estou de calcinha, branca com minibolinhas pretas, andando pela casa. seu pau começa a dar volume à cueca vermelha. você me pega forte pelos ombros e me arremessa na cama, de costas. fico toda molhada, quase pingo. você puxa minha calcinha pro lado e já começa a meter, violentamente, num estupro consentido, me fazendo gemer alto, quase gritar.


ele: minha cueca não é vermelha hoje, mas acabei de ficar com um volume enorme aqui. 



27 outubro 2011

palavras ausentes


"Eu só vou se for pra ver / Uma estrela aparecer / Na manhã de um novo amor."

interesse demonstrado
é o laço jogado.

palavras.
palavras.
palavras.

lavrar.

parar.

silêncio ecoando nas paredes
é pedido de esquecimento.

não vai, fica
diz ela uma vez.

duas vezes.

terceira vez, não diz mais nada
já o esqueceu.

silêncio ecoando nela
é desaparecimento.

vai.
vai.
vai, vai.

08 outubro 2011

Formigueiro interior

O mundo chega abafado até mim, num marrom-ocre desbotado, cheio de pontinhos pretos de dor. 

Crônica de outubro no Descomplicadas da revista Naipe:
http://revistanaipe.com/blogs/descomplicadas/formigueiro-interior/




06 outubro 2011

E o meu desespero, de repente, parece textos que brotam do âmago e não conseguem sair, não saem, acumulam-se na bexiga com um nó inviolável que é a angústia.