24 abril 2009

......Estavam no bar, enquanto chovia muito. Há dois dias que caía o pé d’água, mas isso não importa. O que importa é que estavam no bar. Ela, ele e quem vos fala – uma mulher.
......O boteco tinha mesas de plástico azul e cerveja com um precinho camarada, dois pila a Antártica. Cada um já devia ter gasto uns dez reais e uma pequena partezinha do fígado. Coisa pouca pra eles.
......Enquanto escreve e enquanto estava no bar com ela e com ele, a mulher pensa no companheiro, que deve estar comendo a gringa hora dessas. Que me importa. A chuva aumenta, o tom de voz dos três também. A mulher sente fome, pede um x-burguer pro garçom, dá um gole na cerveja, no copo em que mal cabe o seu nariz. Isso sempre foi um problema, mas não vem ao caso. Dá pra trocar o copo, por favor?
......Lembra da crônica da Clarice que pede atenção ao sábado. No fim, não era bem rosa que ela queria dizer.
......No fim, o que a mulher queria dizer é que aceitou ir ter com eles depois. Um ménage, oficorrrce.
......Mas não era bem assim que eu queria dizer.

3 comentários:

  1. O primeiro título era "Clariceando". Depois de uns comentários de um amigo, mudei para o atual. Agora penso que poderia ser "A narradora e eu".
    Acho que esse texto foi postado precipitadamente... Mas agora tá aí, com cheiro de inacabado, cheiro que talvez só eu sinta, não sei.

    Comentários são bem-vindos!

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  2. Se já é difícil lerem texto bom, imagina texto chato.

    Muda, oras.

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