09 abril 2010

Caminhei quase dois quilômetros
por uma rua cheia de passantes apressados

mas lá só estava eu

e a música dos carros
que alfinetava meus olhos.

*maio 2008 (?)

Um comentário:

  1. Isso lembra bem a solidão afetada, que só existe porque se constrói uma parede em volta da gente. E tudo tão perto, do lado, roçando no corpo, parece distante e perdido, sem rumo.
    Mas é um poema curto, e eu posso estar errado e todo esse caminhar que você descreves é só imaginação, coisa de louco, paranóico com essa coisa de solidão.
    Sabe o que é difícil ao analisar o poema dos outros? é que a gente quase sempre está errado, e no fim é o autor que ri. Mas, uma análise nem sempre é afetada, e muitas vezes é dessa pequena análise que surge a paz, a paz que estava truncada num mar profundo de significados.
    Gostei do seu poema.
    Esses poemas curtos deixam uma marca na gente. Pode vir mais, que venha.

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