31 janeiro 2011

caos calado

entre sapatos
homens, tênis
chinelo levado
entro em casa
e tropeço num
cadarço

sinto o barulho
suspenso, tremo
jogo a bolsa por
cima de outras
cinco

o caos calado diz
eu tô em ti assim
como os paus
intermitentes que
te penetram e,
bagunça, persisto
enquanto você se
perde.

sim, me perco
querendo achar
procurando
procurando
procurando

procuro tudo
muita coisa

mas como achar
em meio a textos
e canetas por
sobre o fogão
meias sujas na
cadeira
louças acumuladas
roupas empilhadas
vizinhos que gritam
cachorra que late
amigos que calam
parentes que invadem.

cadê você que eu
procuro.


*primeiro semestre 2010

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